domingo, 12 de julho de 2015

Às paredes me peço

Por nós, os vesgos, quem sois?
Cada um de vós abusa da própria boa vontade
E distribui migalhas suculentas

São pequenos pedaços de ternura que afagam o ego
(embora nunca iludam o cínico ou afugentem o estóico)
São pontos nunca sem nó que caracterizam a amizade leal

Vejo, abraço e recebo
A cada parede, de tijolo ou pedra, não peço mais
Do que me dá, deu e quer dar

Peço quem sou, a mim, por vós