terça-feira, 25 de outubro de 2011

Não são reais

Não são reais

As palavras que escrevo
Os sons que ouço
As imagens que vejo

São vistas sobre um oceano
São barulhos de uma concha
São rabiscos na areia

Destino

Destino em que não acredito
Deus que não reconheço
Fujam de mim
Não se prendam como uma aranha prende uma borboleta

Mas tu, Beleza, fica

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Afronta

É uma vontade inegável
Aquela de responder ao que não tem resposta
Porque não teve de ter ínicio

Mas teve fim
Um fim em mim

Que não é o fim, pois se prolonga e demora
E pesa como uma rede de nós duros

Como a tirar? Sem

a

front

a

Silêncio

Silêncio avassalador que destróis e corróis
Porque pairas sobre mim?
Porque vibras como uma ponte perdida
E saltas de neurónio em neurónio?

Terrível és, silêncio fazes
E perdes, ganhas
O quê?

Solidão?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Estrela

É uma estrela que foge a outra
Que faz cintilar e brilha

É uma estrela que sustenta o negro
Que ofusca e gira

É uma estrela que faz girar
Esta Terra que não é nossa

Toldado

Capturado pela inércia,
Vagueio ao longo de um caminho
Ao largo de um curso de água qualquer
Até ao fim

Mas qual fim? Há algum?

Há fim, sem fim, a toda a minha volta
E à volta de tudo o que faço girar

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Desprezo

O horror destilado
Na cara de quem vê
Não com olhos, mas com o sabor
E sente um travo amargo desnecessário

Desprezo

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Becoming

Becoming something
In the way she moves

Knowing how to become something
While she watches

Believing and

becoming