domingo, 12 de julho de 2015

Às paredes me peço

Por nós, os vesgos, quem sois?
Cada um de vós abusa da própria boa vontade
E distribui migalhas suculentas

São pequenos pedaços de ternura que afagam o ego
(embora nunca iludam o cínico ou afugentem o estóico)
São pontos nunca sem nó que caracterizam a amizade leal

Vejo, abraço e recebo
A cada parede, de tijolo ou pedra, não peço mais
Do que me dá, deu e quer dar

Peço quem sou, a mim, por vós

Rejeição paramétrica

Ponto a ponto de um conjunto de nós
Procuras o que não sabes ser inútil e apenas cardinal
Com símbolos pujantes e escritos quase ao acaso
(na tua consciência?)
Vacilas entre A e B quando não há nenhum conjunto sem ser o vazio

São parâmetros, rapaz.
Um dia vais percebê-los a todos;
Podes descartá-los ou aceitar com resignação
Quem sabe até te vanglorias de ti com eles!

E logo de seguida
(talvez meia hora depois)
Já os esqueceste na letargia tecnológica