sábado, 26 de julho de 2014

Colapso mente voz

Destino inexistente tens tu, som comum?

Descendo pela calçada irregular e pulsante
Escorrega lentamente ao sabor da brisa de perdição
Proveniente da reflexão irreal
Produto de uma alucinação natural
Solta-se e sobe pelo ar
Ou prende-se e desce pelo poço da memória

Constante variável

Não sei se me contradigo
Nem se sequer faço sentido
Isso não me pára, mas devia
Nem que por um instante

para rever o que talvez uma vez tenha
visto ou
escrito ou
ouvido ou
descrito ou
sentido

Dedos ao vento

A força que sopra pela pele e osso
Satura de estrelas o breu inevitável
Remove as impurezas do nosso corpo celeste
E o sustenta sem piedade ou gratidão

Entre os espaços preenchidos de dinâmica aérea
Vivem moléculas perdidas de sabor
Mas plenas de vida
Curta, longa; desperdiçada, completa?

O eterno poder de decisão
Acalenta a mente
E sobressalta a alma que em mim - qual sôfrego - não existe