Será disforme o que não é belo?
Não eras bela mas tinhas toda a forma
Sobretudo quando te movias ao som da música
E tornas-te musa
Será belo o que não é disforme?
És bela mas estás longe, cada vez mais agora
Cavas e cavalgas distâncias e não passas de uma alucinação
Como se fosse possível acender todas as lareiras do mundo com um só fósforo
São formas que nos distinguem
Que nos marcam e torcem como uma corda vazia
À espera de ser atada
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sábado, 22 de dezembro de 2012
Solstício
Nas pegadas de um monstro
Cabem saídas e abandonos
Voam luzes e vontades
Planos, quereres e amizades
Há uma luz negra que, agora, no inverno, brilha
Não ilumina ou alumia e só escurece o pensamento
Essa luz, criadora de solidão
Poderá ela ser uma ilusão?
De braço dado com a luz, espera-se numa sombra
Largando-a, descobre-se um mundo novo que
É totalmente incerto. Espera-se, não, quer-se, então
(ou procura-se se houver audácia)
alguém.
Que apareça num raio transformador e exultante.
Cabem saídas e abandonos
Voam luzes e vontades
Planos, quereres e amizades
Há uma luz negra que, agora, no inverno, brilha
Não ilumina ou alumia e só escurece o pensamento
Essa luz, criadora de solidão
Poderá ela ser uma ilusão?
De braço dado com a luz, espera-se numa sombra
Largando-a, descobre-se um mundo novo que
É totalmente incerto. Espera-se, não, quer-se, então
(ou procura-se se houver audácia)
alguém.
Que apareça num raio transformador e exultante.
sábado, 15 de dezembro de 2012
Miséria ou sonho?
Duma miséria de sonho
Partido em dois e por isso intenso
Cobre-me uma camada espessa de angústia
Que já não é real pois há
Quem sorria e ilumine
Seja ao longe, ao perto
Rápido e inocente, rápido e deliberado
E assim, miséria há mas o sonho
Ah, o sonho
A suplanta
Ah, tu!
Ah, tu
Que com falsos altos mas plenos saltos
Desfazes qualquer ilusão de prazer
E ao mesmo tempo colides no tempo e na vontade
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